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19 de março de 2012

Onde NÃO comer em Buenos Aires

Toda cidade tem aqueles lugares que são "pega turistas" e é incrível como a gente sempre acaba caindo numa dessas ciladas.

O fato é que você anda o dia inteiro, visita vários lugares e chega uma hora que bate uma fome, uma sede insuportável e o que você mais deseja é o restaurante, bar, lanchonete mais próximo, independente do preço. E foi exatamente o que aconteceu comigo e com o Leandro no nosso primeiro dia em Buenos Aires.

De todos os lugares que comi, só há dois que eu realmente não recomendo.

  • Café de la ciudad (Centro):
"Ah, a gente já está morrendo de fome, vamos sentar aqui mesmo! Olha só, em frente o Obelisco!!!" - maldita hora em que eu falei isso.


X-burguer  com papas frias!

Preço: 45 pesos
Comida: normal, nada "oh".
Atendimento: varia entre o péssimo e o horrível.

Considerações:
- Quando sentamos lá, demoraram muito para nos atender, mas tudo bem, o lugar estava cheio. Um garçom senhorzinho, com a maior cara de bunda da face da Terra, veio à nossa mesa e tacou o cardápio na mesa no melhor estilo do arremesso de peso, sabe? 
- Tudo caro! O nosso prato "X-burger com batata-frita + refri incluso" era 45 pesos. Tem noção do que é pagar mais ou menos 22 reais num x burgerzinho meia boca?
- Agora pausa para o momento turistinha: "vamos beber uma Quilmes pra comemorar nossa estadia aqui, vai!" ... gente, TRINTA PESOS uma garrafa de Quilmes. E depois descobrimos que logo ali no Carrefour da mesma rua a Quilmes estava 5 pesos. É... fujam para as colinas!!!


  • Fournil de Pierre (Galeria Pacífico):
A Galeria Pacífico estava como reserva no nosso roteiro, não era um ponto de visita obrigatório. Como já estávamos lá perto, resolvemos conhecer o lugar. A arquitetura e decoração do lugar, de fato, são de chamar a atenção. Para não perder a pernada, resolvemos sentar em algum lugar ali. Achamos o Fournil de Pierre e decidimos sentar ali mais pelas poltronas gigantescas e confortáveis do que pelo lugar em si (o cansaço justifica!).

O que eles chamam de capuccino

Preço: 25 pesos
Bebida: horrível, aguado e gelado (???)
Atendimento: ruim

Considerações:
- Demorou muito para sermos atendidos.
- Não sei se o capuccino deles é igual ao nosso, mas era uma bebida gelada e não era cremosa, tive a sensação que só colocaram muuuita água e pouco café. Era muito ruim e não consegui terminar o meu.
- Para fechar a conta foi a mesma demora no atendimento, então resolvemos pagar no balcão mesmo ao invés de esperar a garçonete nos atender.

13 de março de 2012

Onde comer em Buenos Aires

Importante saber:
Na Argentina não se cobra os 10% como acontece aqui no Brasil, logo espera-se que a gente dê uma gorjeta ao garçom. Sabendo disso, fui disposta a ser generosa nas gorjetas desde que eu fosse bem atendida, porque eu me negooo a "pagar" por serviço ruim (quando digo serviço ruim, me refiro ao atendimento que o garçom presta).

Por lá rola uma taxa de serviço de mesa que se chama "cubierto".  O cubierto é cobrado por pessoa, ou seja, 2 pessoas = 2 cubiertos e o preço varia de 5 a 12 pesos. A gente pode relacionar o cubierto com o nosso couvert (entrada), mas mesmo se você recusar a entrada, você pagará pelo cubierto. Não é todo restaurante que cobra esta taxa, mas eu só descobria isso na hora de fechar a conta.

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Não fui à nenhum restaurante  famoso, caro e super hiper mega recomendado em Buenos Aires. Motivo? Eu tinha pouca grana para o restante da viagem.

Vou indicar os 2 restaurantes que mais gostei e depois faço outro post com o restante.

  • Juana de Oro (Bairro Palermo)
Esse restaurante foi um achado! Nós estávamos perto do zoológico do bairro Palermo  e resolvemos perguntar a um policial onde tinha um restaurante mais perto, ele indicou um, mas não achamos e acabamos optando por este.


Eita saudade!!!


Entrada: pães com um patê delicioso!


Prato executivo: Mini bife de chorizo com pimenta e papas fritas

Preço: 47 pesos (inclui água, refri ou uma taça de vinho e sobremesa: café, chá ou doce)
Comida: maravilhosa! Super bem temperada, carne macia, batatas crocantes.
Atendimento: mais ou menos. A cara ruim da garçonete me assustou um pouco.

Considerações: 
- Chorizo é o nosso "contra-filé".
- Vale a pena ir ao restaurante e pedir exatamente este prato, é muito barato e extremamente gostoso (só um alerta: ele não é servido durante o final de semana!).
- Fomos muito mal atendidos por uma garçonete (não sei o nome, era uma morena). Resolvemos voltar no final de semana para comer esse prato de novo (não deu certo), mas fomos muito bem atendidos por um outro garçom.

Localização:
Calle Demaria esquina com Fray Justo Santamaria de Oro 


  • El Rinconcito (Bairro La Boca)
No bairro La Boca, onde fica o Caminito, há inúmeros restaurantes e bares. Uma coisa chata que notei foi a insistência de alguns garçons para a gente ficasse no restaurante deles, havia uns educados que apresentavam o menu e te dava a liberdade de poder seguir em frente e outros bem inconvenientes tentando te convencer a qualquer custo. Achamos um pequeno restaurante, aconchegante e afastado da muvuca: El Rinconcito.

El Rinconcito - amor em forma de restaurante!


Porque nem todo mundo é de ferro!


Prato: Lomo a la pimenta com papas fritas

Preço: 134 pesos (preço total)
Comida: perfeita! A carne vem com um molho maravilhoso!
Atendimento: muito bom! A comida não demorou; cerveja gelada; garçons bem humorados e prestativos.

Considerações:
- Lomo é o nosso "filé mignon".
- A conta deu 134 pesos, porque pedimos salada de acompanhamento e bebemos algumas (várias!!!) Quilmes. 
- Lá não cobra o cubierto, mas cobra o nosso famosinho 10%. Os 10% já vem incluso na conta, o motivo talvez seja pelo grande número de brasileiro que passa por lá e então eles já conhecem o nosso costume de não dar gorjeta.

Localização: 
Dr. Del Valle Iberlucea, 1166.

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8 de março de 2012

Hospedagem em Buenos Aires

Eu não queria ficar em hotel, não queria mesmo!!! Primeiro porque é mais caro, segundo porque nunca fiz amizade em hotéis e eu gooosto de conhecer gente. Minha prioridade era ficar em albergue para conhecer pessoas de vários lugares do mundo, praticar o inglês e economizar um pouquinho de grana.

Fiquei em dúvida entre 3 albergues bem recomendados pelo site Mochileiros:
  • O Milhouse - famoso por ser o albergue das farras, festas todas as noites, blablabla.
  • O Portal del Sur - albergue com atividades legais (churras, aulas de espanhol e tango)
  • O Suites Florida - o Buenos Aires Hostel Suites tem em vários locais da cidade, mas esse é o mais indicado de todos.

Conversando com o Leandro, escolhemos o Portal del Sur.


A nossa negociação foi por e-mail. Português de cá e espanhol de lá, acabei tirei todas as minhas dúvidas. Não precisei  pagar 10% do valor para reservar o quarto, apenas tive que mandar um e-mail 7 dias antes da nossa chegada para confirmar a reserva.

O albergue oferece vários tipos de quartos e optamos pelo quarto de casal. O nosso quarto tinha banheiro privado, armário, mesinha dos dois lados da cama, tv e ar-condicionado. Preço da diária: 66 dólares (alta temporada).

Cama de casal gostosinha! Ali do lado a janela que era um tiquinho difícil para abrir.


Uma sacada pequena, mas charmosa!

Armário com cabides dentro. Ao fundo, o banheiro minúsculo.


Café da manhã incluso. Opções: café, suco, leite, água, frutas, pães e medialunas

O Portal del Sur tem algumas atividades para os viajantes que passam por lá. Aulas de espanhol e de tango (free!!!) e toda sexta-feira rola um churrasco. O churrasco custa 150 pesos (R$75,00), ou seja, é caro! Tem carne a vontade e vinho incluso, mas não acho que vale a pena MESMO!

O bar do albergue (The Roof Bar) é muito aconchegante! Ao som de Me First and the Gimme Gimmes ou de cumbia argentina, você pode beber uma Quilmes por 18 pesos e comer alguns petiscos e lanches por preços bem baratos. Passamos todas as nossas noites lá, fizemos amizade com um cara que mora em Floripa também (Oi, Chris!), com canadenses, australianos e com uma austríaca muuuito gente boa que ficou com a gente até o final da viagem.

  • Pontos positivos:
-  Localização boa. Metrô, supermercado, bares, restaurantes, ponto de ônibus, tudo perto.
- Albergue limpo e com cozinha equipada para quem prefere cozinhar e comer por lá.
- Staff gente boa, educados e com paciência para quem não entende nada de espanhol.

  • Pontos negativos: 
- Barulho de trânsito 24 horas por dia (o nosso quarto dava de frente para a rua)
- Albergue com cheiro de cigarro nas áreas fora do quarto.
- Box do banheiro minúsculooo. Gordinhos e pessoas grandes: fujam!

Só completando... teve uns dias em que estávamos exaustos e o som do bar atrapalhou um pouco nosso sono e aí juntou com o barulho do trânsito e isso tudo me fez pensar "por que escolhi esse lugar, santo cristo?" - passada a raivinha de não conseguir dormir, voltei a ficar apaixonadinha pelo lugar, pela arquitetura do prédio antiiigo, pela energia boa que circulava, pela galera gente boa, essas coisinhas bobas, sabe?

7 de março de 2012

Alguém pode resumir? - Buenos Aires

Quando decidi viajar com o Leandro para a Argentina, inicialmente a minha ideia era ir para Buenos Aires, Rosário, Córdoba e sonhando ir também para Mendoza e todo aquele freezer argentino, mas sabe quando sua poupança está na época de vidas secas, você não consegue parar de gastar e percebe que vai ter que ir para uma só cidade mesmo? Foi bem isso que aconteceu.

A cidade: Buenos Aires
Quando: Dezembro de 2011 (6 dias)
Passagem: R$588,00 (taxas inclusas)
Hospedagem: Hostel Portal del Sur - 792,00 pesos

Ir para Buenos Aires não precisou de passaporte, apenas da carteira de identidade, que precisava ter a data de expedição de no máximo 10 anos. A minha carteira tinha sido tirada quando eu tinha 12 anos, ou seja, 470 anos atrás. Aproveitei que viajei para MG e tirei a segunda via na minha cidade natal, que durou 7 dias para ficar pronta. Já o Leandro teve que tirar aqui em Florianópolis, porque não podia viajar, e para a nossa surpresa ele obteve um segundo número de RG. É, a gente não sabia, mas quando se tira outra via do RG em outro estado, o número muda e você acaba ficando com 2 RGs.

Fomos para Buenos Aires em alta temporada, então não esperávamos encontrar preços tão convidativos.

Fiquei de olho nos preços da passagem por um bom tempo, como eu percebi que ia achar nada "ohhhhhhh", decidi comprá-las logo. Voamos pela Gol e não houve filas, nem atrasos (acho que o horário contribuiu para isso, 4 horas da manhã, né gente, não é possível!)

Escolhemos dezembro por ser época de férias e logo depois iríamos viajar para Minas Gerais. Li e reli várias vezes no Mochileiros sobre quantos dias ficar em BsAs. O ideal, como dizem, é ficar 4 ou 5 dias e já dá para conhecer bastante coisa, mas optamos por ficar 6 dias.

A questão da hospedagem foi tão fácil de resolver, queríamos ficar num albergue: 1- pelo fato de ser mais barato e 2- para fazer novas amizades. Escolhemos o Portal del Sur por estar localizado na região central da cidade, por ter um preço legal, servir café da manhã e ter algumas atividades dentro do próprio albergue.

Resumindo, ir para Buenos Aires é tranquilo, com um pouquinho de paciência dá para fazer a viagem por conta própria, montando o próprio roteiro e fazendo seu próprio estilo de viagem.

5 de março de 2012

Quero um lugar pra ir!

A ideia de fazer um blog sobre os meus passeios e viagens veio no ano passado (2011), mas sempre batia aquela maldita preguicinha.

Criada a vergonha na cara, aqui está o começo de um blog discreto (!!!), que será divulgado apenas para parentes e amigos mais próximos. Blog criado para que daqui uns 10 anos eu possa abrí-lo e pensar: "que fase!" ou então, quem sabe, um: "ah, que saudade!".

Fernanda, mineirinha que mora em Florianópolis-SC.
(que apresentação lindja! - só que ao contrário)